"Quem sou eu para o Futsal brasileiro e mundial? Infelizmente não sou atleta com tanta expressão como alguns no nosso meio são.
Há 17 anos quando comecei a jogar no meu primeiro time em Belo Horizonte sempre tive o sonho de ter reconhecimento pelos meus feitos e jogar fora do país, graças a Deus, eu nunca precisei jogar pra ajudar minha família. No início comecei a jogar por gostar da modalidade e ter meus sonhos, como toda criança que sonha em ser atleta, não pode negar que parte desses sonhos está sendo realizados, com algumas dificuldades que temos no nosso meio e conhecendo o quão sujo ele pode ser, com pessoas não sérias e que fazem qualquer coisa para se dar bem, passando por cima de princípios básicos de educação, bom senso e caráter, que todos deveriam ter.
Hoje me encontro fora do país passando por situação que em 7 anos no Brasil nunca passei, no Brasil joguei em 3 equipes e em duas delas posso dizer que saí por não aceitar algumas situações e saber que sozinho não conseguiria mudar nada, talvez pela minha falta de expressão no esporte, mas sai com a cabeça erguida, pela porta da frente e sempre deixei meu nome gravado nesses clubes com títulos importantes e em todos jogando e tendo participação decisiva e importante nos títulos conquistados, uma vez que, no Brasil o que mais conta são títulos conquistados.
Não conheço o Vinicius pessoalmente, apenas de cumprimentar em algumas oportunidades que joguei contra, mas queria muito ter tido a oportunidade de ter convivido com ele, que em minha opinião foi o único que tentou se posicionar no sentido de melhorar a gestão do Futsal no nosso país. Infelizmente hoje o Vinicius não joga mais, mas temos outros nomes que se quisessem e não tivessem apenas interesses pessoais, poderiam ter nos ajudado bastante no crescimento e reconhecimento que o nosso grande esporte merece ter.
Espero e torço que os próximos jogadores referências e formadores de opinião que apareçam no nossa modalidade possam contribuir um pouco mais pelo devido reconhecimento do nosso Futsal, não apenas pelos seus interesses pessoais, mas pelo bem do nosso esporte, que sem dúvida merece e tem totais condições técnicas de ocupar seu merecido lugar".
